Entrevista com Vampiro (ou o admirável poder da assessoria de comunicação)

Marketing agora! - Por José Roberto Abramo

30/10/2020

Por Priscilla Thevenet*

Juiz de Fora sempre foi uma cidade extremamente polarizada politicamente. As especulações e embates, sempre estiveram presentes nas rodas de conversa, campus universitários, nos bairros e claro, em época de eleição, nos meios de comunicação.

Nunca fui partidária ou defensora ferrenha de algum candidato. Contudo, porém, todavia, no entanto não posso deixar de comentar novamente (leia meu artigo sobre marketing político), sobre uma entrevista pitoresca (sendo elegante), feita por um candidato à Prefeitura de Juiz de Fora.

Que não Falte Assessoria, certo?

Vejam, não citarei nomes ou emissoras. Minha ideia aqui é usar essa entrevista como case do que NÃO FAZER em uma entrevista e assim frisar a importância da assessoria de comunicação para o sucesso ou fracasso de uma campanha.

Vamos chamar o candidato objeto desse artigo de X.

Durante a entrevista, o candidato X cometeu diversos erros típicos da falta de preparo. Vou listar os erros mais comuns e corriqueiros na hora de políticos conversarem com a imprensa:

  • Postura: não é uma conversa entre comadres, a ideia é que desde a linguagem corporal até a forma de falar sejam sérias e transmitam credibilidade e domínio do assunto. Como em todos os pontos que envolvem a comunicação, nada pode demonstrar desconforto ou falta de naturalidade, ombros caídos ou perna tremendo, porque dessa forma, os efeitos poderão ser inversos.
  • Domine o assunto: é CRUCIAL que as respostas sejam de acordo com as perguntas feitas. Mostrar segurança e convicção nas respostas faz toda diferença. Por tanto, é obrigação do candidato estudar seu plano de governo.
  • Esnobismo desnecessário: lembrar que você está falando para a população de forma geral, por isso não é indicado mencionar que seu padrão de vida é totalmente diferente de grande parte dos brasileiros.
  • Atento a dor do eleitor: entenda as necessidades do seu eleitor e o que ele/ela espera de você. Seus anseios devem ser citados de forma sensível e atenciosa.
  • Não engane: fale com HONESTIDADE! Pode parecer um conceito distante para muitos políticos brasileiros, mas o eleitor está cansado de propostas falsas ou fora da realidade.

Erros em Comunicação

Citei os erros mais comuns do candidato, mas daí você se pergunta, como evitar “cair no erro”? Simples, chama na ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO. De forma simples, assessoria de comunicação consiste na administração de informação. Eu brinco que o assessor é aquele que pode ser seu melhor amigo ou pior inimigo.

Quando o trabalho é bem realizado, o candidato pode tornar-se alguém interessante e admirável. Mas se esse trabalho for negligenciado, a “sinceridade” do candidato pode tornar-se um “sincericídio” abominável. Nem sempre o vencedor é a melhor opção, às vezes ele é apenas o mais bem preparado/assessorado.

Assessorar um candidato é quase como adestrar um cachorrinho (sic), você pode treiná-lo para fazer tudo, mas se ele sair da coleira, sabe lá o que irá aprontar. Brincadeiras à parte, o poder da assessoria é definitivo na vitória ou derrota. E infelizmente, como acontece com o marketing, é considerado por alguns dispensável ou frívolo. Talvez em Dubai, seja mais valorizado. Quem sabe…

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