Tudo começa na livraria

Você Escritor - Por José Roberto Abramo

19/12/2020

Por Fernanda Vizian*

Campanha pretende atrair leitores para as lojas físicas

Livrarias são lugares mágicos, onde podemos passar horas folheando livros ou tomando um cafezinho. Entretanto, desde o início da pandemia, muitas delas foram obrigadas a fechar as portas e migrar para o comércio online. Agora, com a retomada gradativa das atividades, quatro grandes livreiros brasileiros lançaram a campanha #tudocomeçanalivraria

Inspirados em um movimento internacional para atrair visitantes às livrarias e espaços culturais, o grupo de livreiros representa mais de 120 pontos de venda no país. A campanha, marcada por uma hastag, é um convite para que as pessoas postem suas experiências e visitas às livrarias físicas em suas redes sociais.

A campanha, sem data para acabar, tem por objetivo reforçar o protagonismo das livrarias como ponto de conexão entre livreiros, autores, editores, distribuidores e leitores. Através da hastag #tudocomeçanalivraria, as pessoas podem compartilhar as vivências e incentivar outras pessoas a visitarem as lojas.

Em meio a crise, essa foi uma forma criativa que os pequenos e médios livreiros encontraram para garantir as vendas, principalmente neste final de ano.

Impacto do varejo

O impacto do novo corona vírus na economia foi, sem dúvida, catastrófico. O comércio fechou as portas em boa parte do mundo e no Brasil não foi diferente. Em abril, logo no início da pandemia, a pesquisa Nielsen já havia apontado uma queda de 49% no faturamento das livrarias.

Aos poucos o setor vem se recuperando, mas esbarra nas mudanças de comportamento que a pandemia gerou no público consumidor. Mesmo com os investimentos no comércio eletrônico, muitas livrarias físicas permanecem com seus pontos físicos ativos. Por isso, trazer o público de volta à livraria se faz tão necessário, já que elas respondem por quase metade das vendas de livros no país.

Um setor em crise

O novo corona vírus ainda agravou a situação de duas megastores, a Saraiva e a Cultura. Ambas as redes já enfrentavam crises sucessivas bem antes da pandemia e, agora, se veem afundadas em dívidas e com plano de recuperação judicial.

A Saraiva, por exemplo, tenta vender parte de suas operações para fazer frente às dívidas que, somadas, giram em torno de R$675 milhões. Em setembro, a megastore fechou todas as suas lojas em Salvador, após 13 anos de operações.

Como participar da campanha

Se você se sentir seguro para visitar uma livraria, faça um post ou um story marcando a loja com a hastag #tudocomeçanalivraria. Descreva sua experiência em visitar o local, faça sugestão de livros e convide seus amigos a visitarem uma livraria próxima também. Ajude a ampliar esse movimento pelo Brasil!

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