Utopias: imaginando novas saídas | Tá na Rede

No mundo atual a globalização já é nossa rotina. Mas a globalização é uma tem causado adversidades, como a homogeneização cultural e a falta de referência histórica. Esse tema a gente debate hoje no Tá na Rede

O conceito de Utopia é a ideia de algo ideal, fantástico, imaginário. Para Fredric Jameson, a Utopia é necessária, diante da falta de sentido histórico. Isso nos torna prisioneiros de um presente eterno, tornando inviável a sua transformação.

Jameson diz que vivemos em um mundo cuja marca fundamental é a homogeneização. Porque o mundo globalizado necessita uma mesma cultura de forma que tudo seja entendido em todas as partes do planeta.

No entanto, não há igualdade de condições em todas as partes e as culturas locais. Em muitos casos, resistem à pasteurização, como alguns percebem de seu cotidiano, como se todas as civilizações tivessem o mesmo querer e gostar, até porque as tradições remontam à históricos diferentes.

O mundo do passado era 99% composto de pobres, famintos, sujos, aterrorizados, estúpidos, doentes e feios. A qualidade de vida era sofrível e a expectativa de vida remontava à algumas décadas de vida apenas. No Brasil por exemplo, a expectativa de vida a cerca de 100 anos atrás era de 30 anos.

Mas de 200 anos para cá, uma reviravolta histórica aconteceu. Nunca antes tivemos tantos recursos. Atualmente bilhões de pessoas se tornaram bem de vida, alguns ricos, bem nutridos, com níveis de escolaridade, alfabetizados e saudáveis.

Em 1820, 84 por cento da humanidade vivia sob estrema escassez de vários recursos. Em 1981 a esse número cai para quase metade, 44 por cento. Hoje, somos apenas dez por cento que sobrevivem à escassez. Porém este número não quer dizer que a distribuição de renda e recursos é igualitária.

Neste ritmo poderíamos erradicar a pobreza para sempre. Mesmo os pobres de fato, não estão distantes de recursos abundantes que existem, se pudermos gerir a distribuição.  Estes recursos existem e estão em horizonte próximo.

Produção e edição: Vai Ali (vaiali.com)

Apresentação: José Roberto Abramo

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