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18/5 – Dia de Conscientização sobre a Necessidade de Vacina contra o HIV/Aids

O Dia de Conscientização sobre a Necessidade de Vacina contra o HIV/Aids, comemorado anualmente em 18 de maio, tem como objetivo reconhecer e agradecer a todos os voluntários dedicados, membros da comunidade, profissionais de saúde e cientistas que trabalham juntos para desenvolver uma vacina para prevenir o HIV. É também um dia para educar sobre a importância da pesquisa de uma vacina segura e eficaz como chave para acabar com o HIV/Aids.

A resposta ao COVID-19 deixa claro que o mundo deve fazer melhor. Os avanços científicos e a equidade devem ir além para garantir a prevenção ao HIV, bem como uma futura vacina. No entanto, nos últimos dois anos, os resultados dos principais testes de vacinas contra o HIV derrubaram o que já era sabido e reformularam as perguntas que devem ser feitas.

A pesquisa biomédica evoluiu mais rapidamente nos últimos anos do que em qualquer outro momento da história humana. Novas plataformas e produtos de bioengenharia estão mudando a forma como as doenças são tratadas e prevenidas. Novos compromissos globais de compartilhamento de informações e dados estão finalmente se movendo para tornar a pesquisa uma empresa verdadeiramente global. De muitas maneiras, porém, o desenho de testes de vacinas contra o HIV permanece preso no século 20.

É preciso agir com urgência para desenvolver modelos novos e mais rápidos para o avanço da ciência das vacinas contra o HIV que possam se adaptar rapidamente ao que é aprendido. É preciso que os frutos da ciência possam ser usufruídos equitativamente.

Novas abordagens de pesquisa oferecem a perspectiva de responder a perguntas cruciais com segurança e rapidez. Mas as estruturas comerciais, legais e regulatórias não são projetadas para mover a pesquisa de vacinas contra o HIV com maior certeza, facilidade e velocidade.

A união é necessária para discutir oportunidades e desafios de novas abordagens à pesquisa e maximizar o potencial de uma agenda de pesquisa de vacinas para prevenir a infecção pelo HIV no século XXI.

A importância da data traz à tona estudos recentes com testes anti-HIV no Brasil e em outros países. Com 38 milhões de pessoas infectadas em todo o mundo, o vírus HIV ainda sofre mutações dificultando sua cura.

Diferentemente de outros vírus, o HIV não induz uma resposta imune eficiente e protetora nas pessoas que foram infectadas. Isso compromete um princípio básico do desenvolvimento de vacinas que é o de induzir uma reação “semelhante a uma infecção natural” para que as pessoas fiquem protegidas.

De forma totalmente inédita, percebeu-se que uma vacina contra o HIV precisa ter como objetivo a indução de uma resposta imune protetora mais intensa e eficiente do que aquela que a própria infecção pelo HIV é naturalmente capaz de induzir em uma pessoa. Este grau de eficiência é algo que até hoje não foi alcançado com outras vacinas que, por princípio, induzem nas pessoas uma reação bem menos intensa do que seria a doença natural e com isso já são capazes de gerar proteção suficiente para evitar as formas graves e eventualmente fatais de uma doença.

A Aids é uma doença infecciosa, transmitida pelo vírus HIV. Segundo dados da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, do Ministério da Saúde e do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (UNAIDS), a cada 15 minutos uma pessoa se infecta com o vírus no Brasil e sete pessoas morrem por dia em São Paulo.

Na primeira fase, chamada de infecção aguda, ocorre a incubação do HIV – tempo que decorre entre a exposição ao vírus até o surgimento dos sinais da doença. Os primeiros sintomas são muito parecidos com os de uma gripe, como febre e mal-estar. Por isso, a maioria dos casos passa despercebida.

A próxima fase é marcada pela forte interação entre as células de defesa e as constantes e rápidas mutações do vírus. Esse período, que pode durar muitos anos, é chamado de assintomático.

Com o frequente ataque, as células de defesa começam a funcionar com menos eficiência até serem destruídas. O organismo fica cada vez mais fraco e vulnerável a infecções comuns.

Os sintomas que comumente aparecem nessa fase são: febre, diarreia, suores noturnos e emagrecimento.

A baixa imunidade permite o aparecimento de doenças oportunistas, que recebem esse nome por se aproveitarem da fraqueza do organismo. Com isso, atinge-se o estágio mais avançado da doença, a Aids.

Quem chega a essa fase, por não saber da sua infecção ou por não seguir o tratamento indicado pela equipe de saúde, pode sofrer de hepatites virais, tuberculose, pneumonia, toxoplasmose e alguns tipos de câncer.

Pessoas soropositivas, que têm ou não Aids, podem transmitir o vírus a outras pessoas pelas relações sexuais desprotegidas, pelo compartilhamento de seringas contaminadas ou de mãe para filho durante a gravidez e a amamentação.

Os medicamentos antirretrovirais (ARV) surgiram na década de 1980 e atuam para impedir a multiplicação do HIV no organismo. Esses medicamentos ajudam a evitar o enfraquecimento do sistema imunológico e seu uso regular é fundamental para aumentar o tempo e a qualidade de vida das pessoas que vivem com HIV, reduzindo o número de internações e infecções por doenças oportunistas.

No Brasil, desde 1996, o SUS distribui gratuitamente os medicamentos para HIV/Aids a todas as pessoas que necessitam de tratamento.

Fontes:

Empresa Brasil de Comunicação
Global Advocacy for HIV Prevention (AVAC)
Ministério da Saúde
VICTOR, Jefferson Russo. Por que ainda não foi criada uma vacina contra AIDS? Saúde Debate, fev. 2022

Retirado de Biblioteca Virtual em SaúdeMINISTÉRIO DA SAÚDE

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