5 coisas que aprendi com programas de culinária – #DenyDeCook

Curiosidades - Por

09/09/2015

Por Denylu Costa

Assistir a programas de culinária sempre me divertiu muito.Desde criança sempre via "A cozinha Maravilhosa de Ofélia" e Note e Anote com uma Ana Maria Braga beeeem no comecinho. Então fui evoluindo para Mais Você, Mulheres com Claudete Troiano (Inclusive: beijo, Clau! Saudades.), Palmirinha e afins. Era assim: via as receitas com minha mãe, anotava – sim, anotar a receita é muito bom pra memorizar – e sempre tentávamos fazer. Em seguida vieram os mil programas de TV fechada que ensinam a cozinhar mil coisas, canais do Youtube, blogs, sites. Até que surgiram os realitys de gastronomia! Nesse momento nasceu uma paixão, eu que já amava reality shows, pude juntar as duas coisas, foi ótimo.

Estamos na reta final de um dos programas mais legais da TV atual, o MasterChef Brasil! Sucesso no mundo inteiro, o formato indiscutivelmente conquistou um espaço no coração dos brasileiros. Emoção, pratos lindos e memes maravilhosos foram surgindo ao longo das duas temporadas. Diferente dos outros programas de comida nele não conseguimos anotar receitas completinhas e tudo mais. Mas não se engane, dá pra aprender muita coisa com os realitys. Vai aqui uma listinha de tudo que euzinha- publicitária, blogueira e cozinheira eventual- consegui pegar, somar ao que já sabia e colocar em prática.

1- Texturas

Purê com sopa? Muito mole. Farofa com cuzcuz? Muito seco. O que com dá o que, Meu Deus? Bem,a ideia é que ao comer nosso paladar viaje por várias situações e isso pode ser alcançado usando texturas diferentes no mesmo prato. Colocar um ingrediente mais crocante combinado a outro mais macio, liquído ou pastoso é sempre algo que funciona. Por exemplo, preparar um arroz com nozes, um purê com crispy de parma ou a velha ideia de colocar a batata palha na horinha de servir o salpicão pra ela não murchar. Isso é crocância! Comece do começo e depois vá criando novas possibilidades.

Na foto abaixo usei: arroz sírio com castanhas, pra dar crocância, filé com recheio de brie para dar "um puxa" e cebola caramelizada.

2-Harmonia

Continuando a ideia da viagem, os temperos e sabores dos alimentos também ajudam demais na hora de contar uma história com a comida. Seu prato não pode nem ser algo que vai ser esquecido no primeiro gole d'água e nem ser tão forte que vai ser lembrado até a manhã seguinte. São os extremos: picolé de chuchu X sanduíche de mortadela com pimenta. Dentro disso, a ideia é procurar equilíbrio. Combine alimentos que tenham identidade, mas que se complementem. Bacalhau de gosto marcante acompanhado de batatas, uma salada de rúcula e cebola roxa com lascas de peito de frango grelhado e queijo minas com goiabada. Tente sempre fazer com que uma parte do prato sirva para evidenciar o que você quer dar destaque.

No campo dos temperos, procure descobrir mais, sei que é difícil abandonar temperos prontos, mas que tal fazer sua própria mistura de temperos secos? Tenha cuidado com a pimenta, como disse Fogaça na TV "Picância não é tempero"! Use com sabedoria para realçar sabores. Na dúvida aposte sempre do pretinho básico da cozinha: sal, cebola e alho. Com esse trio é sucesso garantido.

Salada de folhas verdes frescas, congulemos em conserva, tomate cereja e cenoura que são mais docinhos e filé de frango ao shoyo.

3- Faça você mesmo.

O mesmo caso dos temperos serve para outras coisas. Tente fazer você mesmo o que for possível, com isso você consegue resultados muito mais saborosos e infinitamente mais saudáveis – essa coluna foi momentaneamente hackeada pela Bela Gil. Fazer o próprio tempero é um ponto de partida fácil, procure casas especializadas em especiárias e compre um pouquinho de cada coisa que você mais gosta, faça uma mistura e deixe seu prato com um toque que vai ser só seu. Uma dica: sal grosso, cominho e pimenta do reino para carnes vermelhas é lindo!

Outra dica é: compre ingredientes frescos! Sei que a correria faz a gente querer comprar mexerica descascada, couve já picada e pratos inteiros congelados, mas faça uma pequenina força. Vá até o auçogue ou peixaria, escolha o cortes de carne ou peixe pra sua receita e no hortifruti próximo a sua casa, dê um oi pra senhorinha simpática e saia com vários legumes e verduras fresquinhos, cheirosos e bonitos, como você!Depois disso vá inovando: faça seu próprio pão, uma massa fresca, seu próprio hamburger ( em breve receita por aqui 😉 ), sua massa de bolo! Eu garanto que é muito prazeroso, divertido e os elogios no final valem cada tentativa e cada ovo quebrado em vão.

Pegue suas ervas com o mesmo charme que a Nigella Lawson

4- Invente e Reivente

Se você é do tipo que já está um pouco mais familiarizado com as panelas certamente já pode começar a criar uma coisa aqui e outra ali. Minha sugestão é: pegue as dicas anteriores, uma receita que você já domina, invente algo e avance duas casas no jogo. Subsititua algo de uma receita tradicional por um ingrediente que tenha em casa ou que goste mais. Recentemente fiz um risoto usando cachaça, carne seca e queijo coalho ao invés de vinho, filé e parmesão e o resultado foi ótimo! Eu já comi sushi de couve com queijo minas num restaurante, gente. E olha, achei bom!

Sobrou? Reaproveite! Desperdiçar alimento e seu precioso tempinho pra jogar comida no lixo é mancada, né? Uma coisa sempre pode virar outra tão gostosa quanto e muito mais fácil de fazer, pois parte já está pronta. Afinal quando você come um delicioso Arancini Siciliani, você até esquece que ele é um bolinho de arroz já cozido que ganhou um novo recheio. E vamos combinar: a panqueca com aquela sobrinha de frango desfiado, o mexidão com farofa, um doce de leite com aparas de bolo… isso tudo é vida, né mores?

5- Apresentação

A gente come com os olhos blá blá blá…Sim, é uma máxima: comida bonita são outros quinhentos. A ideia é fazer a pessoa sentir vontade de comer sem nem saber o que tem ali ou não sentir vontade de comer porque "tá tão bonito que dá até pena desmachar". Para ambas as situações as redes sociais estão aí pra registrar o momento e promover a ostentação gastrônomica, fica a dica. A montagem mostra aque o seu prato veio. Ele é mais forte? Mais delicado? Tem mais "sustância"? Ela também ajuda a direcionar a pessoa por essa viagem que sugeri no início. Se a salada deve ser comida com prato principal então, devem ser servidos juntos. Ela é apenas um complemento? Pode vir a parte ou como entrada. Ingredientes colocados próximos estimulam a pessoa a mistura-los e formar um novo sabor e por aí vai. Para os mais artísticos a apresentação é uma das melhores partes, o prato é uma tela em branco pronta a ser preenchida (frase retirada de um livro de clichês).

Filé com crispy de parma, cebola roxa, salsinha fresca e salsinha desidratada.

DICA BÔNUS: COZINHE COM AMOR <3

Amigos, cozinhar é acima de tudo um gesto de carinho. Preparar um prato,simples ou rebuscado, é uma forma de dar parte do seu tempo e sua atenção ao outro, ou a você mesmo de vez em quando. Então, quando for pro fogão, fazer um miojo ou um jantar pra 20 pessoas, acrescente alegria e amor, mesmo que sua receita passe do ponto, com certeza o sabor da lembrança será uma delícia.

Gente, essas foram minhas pequenas dicas! Espero que tirem proveito e se arrisquem nas panelas. Quem sabe em breve é você que está fazendo pratos elaborados,recebendo eleogio, postando nas redes sociais,criando hashtag, virando blogueira, escrevendoposts de dicas? QUEM SABE?!! Eu iria adorar ler. 😉

PS: SEMANA QUE VEM TEM RECEITA COMPLETA DE UM DOS PRATOS FEITOS PELO VENCEDOR DO MASTERCHEF BRASIL! Tem algum preferido? Tô aceitando indicações.

Um beijo!

Compartilhe:

Tags: