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Educação em Rede

A Rede e o Ser

Vamos nos apropriar de um resumo a respeito do Livro de Manuel Castells, Sociólogo e estudioso da sociedade em rede – Livro – A SOCIEDADE EM REDE:

(…) Castells  fala   da nova ordem econômica e social, cujo   centro das transformações está na  revolução  tecnológica  concentrada  nas  tecnologias  da informação e comunicações. 

(…)

/ mudanças sociais igualmente importantes como o ataque ao patriarcalismo, a nova consciência ambiental, a crise de legitimidade dos sistemas políticos e a fragmentação dos movimentos sociais, caracterizam um ambiente de mudanças confusas e incontroladas, tendem a reagrupar os indivíduos em torno de identidades primárias: religiosas, étnicas, territoriais e nacionais.

“Em um mundo de fluxos globais de riqueza, poder e imagens, a busca pela identidade coletiva ou individual, atribuída ou construída, torna-se a fonte básica de significado social.”

Enquanto as redes globais conectam e desconectam seus nós seguindo suas próprias decisões estratégicas, os indivíduos se organizam com base no que são ou acreditam que são. “Nossas sociedades estão cada vez mais estruturadas em uma oposição bipolar entre a Rede e o Ser”. (…)

Referência

A Sociedade em rede padece de uma inevitabilidade e irreversibilidade “constrangedora”. Se permite a coexistência, sobreposição e conexão, em várias dimensões, política, social, financeira, geográfica; em campos como educação, ciência, comunicação. A dinâmica é global, virtual – instantânea; coletiva, mas também padece de certo isolamento pessoal, e assim é pública, mas também é privada, e cria um ambiente sem fronteiras, exceto se assim o usuário se permitir, ou seja, andar dentro de sua bolha.

Educação em Rede

“Num mundo em que as pessoas e instituições se organizam em rede, que a tecnologia possibilita o acesso ao universo do conhecimento acumulado pela humanidade, ainda é possível  uma escola pensada e organizada nos moldes da sociedade industrial?”

 (Viviane Mozé)

A sociedade Industrial era a sociedade da previsibilidade, da hierarquia bem definida, das decisões centralizadas – muito repercutida pelas mídias, pelo senso comum arbitrário, exemplificado por frases aceitas e repetidas que diziam respeito às “certezas” e “querências” de uma classe dominante, ainda que intelectualmente, apenas. Em outras palavras, um mundo imutável. Mecanicamente dividido e incorruptível em face de ideias de rebeldia e aperfeiçoamento de estruturas sociais. O mundo onde o novo e o diferente era conhecido como degeneração.

Na sociedade da informação que ora se vislumbra, a tônica está na mudança, na ruptura – quebra de paradigmas, na agilidade e até na instantaneidade, na aceitação, na autonomia, na criatividade, no empoderamento dos segmentos sociais e profissionais dentro e fora de uma estrutura empresarial. Em outras palavras: Iniciativa e Improviso.

E há, é claro, fartos exemplos de que esta sociedade está sendo combatida e não entendida. E os ataques partem de muitas estruturas arcaicas.

A conectividade enseja o sujeito histórico a ocupar novas posições no mundo.

A conectividade nos coloca de frente com um mundo infinito de pesquisas. Teses e estudos e livros e discussões em letras ou vídeos, são colocados gratuitamente na Internet, por mera liberalidade e por necessidade de encontrar afins. As ideias pululam. Elas precisam de encontrar ambientes e tribos.

A Globalização joga a torre de Babel no chão e acaba por criar outra. Onde as pessoas são convidadas a perseguir seus afans e afins. Aí se distribuem e perfundem infinitos gostos, consumos, tendências, porque o ser humano está inserido em um sistema de significação que o leva a perseguir satisfações simbólicas e funcionais, mas não apenas.

A Educação que se requer é constante, porque a formação não tem começo, nem meio, nem fim. Ela vai acontecer na escola, em casa, nas ruas, na turma, no contato com os humildes, com os letrados, etc, continuamente, sem interrupções, e todos estes aportes devem ser valorizados. Assim é a rede.

E isto flui porque preenche todas as brechas do sujeito histórico.

Outra qualidade da Educação em rede é o compartilhamento, que inclui a colaboração o e gratuidade da informação, que deve sempre ser avaliada.

Deixo o texto até aqui para reflexão dos amigos.

Um vídeo muito bom de Viviane Mozé está postado abaixo.

Assista e se quiser comente:

Vai Ali: