Quem é você?

De tudo um pouco - Por Vai Ali

12/04/2017

Para refletirmos e tentarmos entender quem somos verdadeiramente, podemos analisar de forma crítica um fato ocorrido recentemente. Com a greve da polícia do estado do Espírito Santo, a população se viu em um momento em que houveram arrastões, furtos e saques a algumas lojas do Estado, sob a alegação de que não havia polícia para impedir tais atos. As informações trazidas nos rotularam como “bandidos soltos”, dando a entender que somente não roubamos, furtamos ou praticamos qualquer outro tipo de delito porque existe uma instituição – a polícia –nos controlando.

Será que somos mesmo todos bandidos soltos? Você se considera assim? Você acredita que somos um caso perdido, um bando de marginais incorrigíveis, corruptos e demais qualificações que denigrem nossa essência?

Como explicar, então, as vezes em que saímos de casa, passando por diversos lugares durante tanto tempo da nossa vida e nada nos acontece. Não vemos arrombamentos a todo instante, a todo tempo. Vemos sim esses fatos de forma isolada, pois se assim não fosse estaríamos sofrendo algum tipo de agressão ou assistindo-as o tempo todo.

Algumas pessoas até são alienadas, mas não são más. Então a maldade está em pequenos grupos. A influência das mídias e de seus maus exemplos em muitos casos colocam as pessoas em situações de reagir de forma inadequada a certos acontecimentos. Mas, de outra forma, algumas pessoas que se encontravam por algum motivo fragilizadas, se deixam levar pela conduta da manada.

Voltando ao ocorrido no Espírito Santo, houveram situações de pessoas que não invadiram as lojas ou furtaram quaisquer bens, ou seja, respeitaram o bem do outro. Inclusive as filmagens amadoras demonstram que esses cinegrafistas repudiavam aquelas condutas.

Agora vamos analisar: você, no seu dia a dia, pratica bons atos com diversas pessoas, como respeitar a fila do banco, do mercado, não forjar um atestado médico, devolver o troco que por erro o caixa lhe deu a mais, entre tantas outras pequenas condutas e esquecemos de nos valorizar.

Devemos e temos elementos para acreditar que, em essência, somos bons, mas muitas vezes esses acontecimentos não são divulgados com veemência, o que nos faz de certa forma pensar que ser bom é exceção, é raridade. Quando na verdade a maioria das pessoas, e na maioria das vezes, tem atitudes louváveis. Caso contrário a convivência social já estaria insustentável e nem a polícia conseguiria segurar.

Assim, mesmo que cometamos erros, esses não nos representam em nossa totalidade, são apenas momentos que não devem ser considerados para nos julgar como pessoas más, mas sim de nos fazer refletir sobre nossas falhas, reconhecê-las, ter atitude para mudar e aperfeiçoar nossa essência.

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