O evento teve o convite especial de Marta, artilheira da seleção feminina e de outras jogadoras.
Nessa sexta-feira, 07, teve início a Copa do Mundo Feminina, um dos eventos esportivos que, mesmo antes de começar, já representa um grande marco histórico para o esporte. No Brasil e em Juiz de Fora não poderia ser diferente. Marta fez um convite especial aos juiz-foranos a assistir o primeiro jogo do Brasil contra a Jamaica neste domingo, 09. A UFJF irá fazer transmissão ao vivo do jogo na Praça Cívica da Universidade.
Uma das integrantes do coletivo Maria Maria, grupo que teve a iniciativa para transmissão em parceria com a UFJF, Laís Perrut, salientou que a expectativa é que um grande número de pessoas assista a transmissão. “Outras jogadoras fizeram o vídeo fazendo a convocação para assistir. Nas mídias sociais também está havendo forte divulgação, por isso acreditamos que a adesão será grande”. Pela primeira vez na história, grandes emissoras de TV, como Globo e Band farão a transmissão dos jogos.
Laís comentou ainda a que esta é uma forma de apoio as mulheres a suas iniciativas. “Importante apoiar as mulheres em todas as suas iniciativas. Não só na luta por mais direitos políticos, por exemplo, mas também incentivando o esporte. Incentivando isso, haverá transformações dos direitos das mulheres, em todas as esferas, e nos esportes será fundamental”.
A Copa que será sediada na França, carrega em si transformações sociais e para o esporte como um todo. No Brasil, por exemplo, o futebol feminino era proibido por lei em 1941 por decreto afirmado por Getúlio Vargas. De acordo com o Decreto a prática de futebol pelas mulheres “feria a essência feminina”.
No entanto, as mulheres tentavam ir contra a “essência feminina” e continuavam a praticar nas periferias dos grandes centros. Após 40 anos, em 1979 o decreto teve um fim. O Brasil caminhava para o término da ditadura militar.
Porém até os dias de hoje, a pratica esportiva do futebol pelas mulheres sofre preconceitos. Sendo um deles a falta de destaque, em relação a masculina. A integrante do Coletivo comenta ainda que a copa do mundo feminina ter esta visibilidade abre portas para as práticas esportivas femininas no geral. “Dar direito as mulheres a ter acesso as demais iniciativas femininas no esporte. Como discutir este tema abre espaço as mulheres a igualdade, em todas as modalidades esportivas. Isso reafirma que a mulher pode ser boa no que se propor a fazer”, conclui Laís.