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    Categories: Música

Uma noite equatorial

Texto originalmente publicado no blog da Avenida Independência em 24/03/17.

Texto: Ana Cláudia Ferreira | Fotos: Henrique Perissinoto

A casa estava lotada. Era a segunda vez que eu presenciava um show do Lô no local, mas essa noite tinha um diferencial. A turnê do disco do tênis teve início em janeiro de 2017, e segundo Lô, era a primeira vez que o show acontecia em um bar, o que permitiu a proximidade da banda com o público. A turnê foi idealizada por Pablo Castro, músico mineiro que convenceu Lô a reviver o álbum. Em comemoração ao seu 19° aniversário, o Cultural convidou o Trio O’clock para abrir a casa e a banda Novo Jornal para encerrar, com nostalgia, a noite de encontros cósmicos.

A banda de Lô é composta por jovens músicos, coordenados por Pablo, também integrante, que reproduziram, com perfeição, os acordes originais do disco. “Até meus erros eles reproduziram”, comenta Lô durante o show. São eles: Guilherme De Marco (violão, guitarra e vocal), Marcos Danilo (violão, guitarra, percussão e vocal), Alê Fonseca (teclados), Paulim Sartori (baixo, bandolim, percussão e vocal) e D’Artganan Oliveira (bateria, percussão e vocal).

Outras histórias surgiram ao longo da apresentação sobre estas lembranças e o remonte desse disco, curtinho, que guarda uma riqueza de instrumentos e experimentação de tirar o fôlego. Tem bandolim, tem canção e emoção. Em todos os shows que Lô Borges realizou ao longo da carreira, nunca havia cantado uma música do “Tênis”. Ele não sabia que o disco era tão querido, seu espanto é transmitido no palco, enquanto conversa com o público e conta detalhes de como cada música foi produzida.

Antes de tocar “Pensa você”, ele contou que nesse dia foi para o estúdio sem música alguma. De manhã compôs, à tarde fez o arranjo e gravou à noite. Houve momentos em que compôs músicas tristonhas, foi o caso de “Como o machado”, censurada pela ditadura militar. Assim que ele finalizou a música, foi possível ouvir o primeiro grito “Fora Temer!”, em instantes, todo o bar estava em um coro que foi encerrado com o último grito de “Fora Temer!” da noite.

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