Violência: feminicídio Pt. 03 | Tá na Rede

A violência em um contexto geral, assim como o feminicídio, acarreta diversas consequências para a vida em sociedade. Porém a violência contra mulher tem ainda mais agravantes. O Tá na Rede de hoje traz dados sobre as diversas formas de violência contra a mulher, seja ela velada ou exposta.

Jackeline Romio, doutora em demografia pela Unicamp, propõe definir o crime em três categorias: feminicídio doméstico, o feminicídio reprodutivo, considerado mediante mortes de mulheres por aborto, ou o feminicídio sexual, quando o óbito decorre de violência sexual.

Culturalmente os crimes contra as mulheres têm encontrado justificativas na forma de estruturação da sociedade ou na crença religiosa.

De acordo com a porta voz da ONU, Nadine Gasman, “a violência contra a mulher é uma construção social, resultado da desigualdade de forças nas relações de poder entre homens e mulheres. É criada nas relações sociais e reproduzida pela sociedade”.

Uma pesquisa da Organização Mundial de Saúde revela que o Brasil esteve entre os dez países com maior número de feminicídios de 2006 a 2010. Em mais de 90% os casos eram em âmbito privado.

Pesquisadores compilaram dados sobre as agressões contra a mulher e feminicídios e constaram que os crimes são cometidos principalmente com armas brancas e, em sua maioria, os casos são de violência doméstica. O que, ainda, pode ser categorizado como feminicídio íntimo, ou seja, a vítima possuía algum vínculo afetivo com o agressor.

O foco principal tem sido mulheres entre 18 e 30 anos. O atacante usa força física e, muitas vezes, facas, facões e objetos perfurantes. Armas de fogo são pouco utilizadas, por serem menos acessíveis.

Para a Secretaria do Estado de Defesa Social e Polícia Civil, de 2016 a 2018, os casos de violência doméstica, sejam físicas, verbais, morais ou sexuais, chegam a, aproximadamente, 36 mil.

 

Produção e edição: Vai Ali (vaiali.com)

Roteiro, pesquisa e apresentação: José Roberto Abramo

 

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